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segunda-feira, 26 de março de 2012

Nas trincheiras de Verdun-France

..."Com os pés enterrados, sacudo pedaços de barro gelado que me pesam nas mãos... Retomo a minha marcha as pernas abertas, atravessando a terra mole desbarrancada, sondando, prudentemente a lama que esconde buracos. Apesar de tudo, às vezes, o lugar onde lancei meu impulso se desmancha, o buraco puxa minha perna, a agarra, a paralisa, tenho que fazer um grande esforço para liberta-la. Do fundo do buraca que logo se encheu de água, meu pé tira uma confusão de fios onde reconheço a linha telefônica.
Soldados, em trincheiras, Verdun, França.
Justamente aí aparece o telefonista encarregados de consertar as linhas, tem o rosto contraído pelas agulhas geladas da chuva: "Que caos! Não sobrou nada aí dentro! Só barro e cadáveres!". Sim, cadáveres. Os mortos nos combates de outono, que haviam sido enterrados superficialmente na barreira de proteção da trincheira, aparecem aos pedaços nos desprendimentos de terra."
Fonte: textos adaptados de Paul Truffau.
*Enviado Por: Professor Samuel*

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